Ops! Esqueci a senha!
Como proporcionar uma boa experiência quando o usuário esquece a senha
“Quem vende para a fazenda, compra da fazenda ou financia a fazenda”
Entendendo a empresa
Antes de tudo é preciso entender a empresa — sobretudo seu tom de voz— para descobrir qual a forma mais eficiente e ao mesmo tempo simples no processo de redefinição de senha.
O site da Gaivota transmite clareza, minimalismo e tem uma linguagem mais formal, direta e objetiva.
No benchmark, procurei conhecer os logins de várias empresas do ramo para entender como elas se apresentam para o usuário:
Percebi que as plataformas seguem basicamente o mesmo padrão. Com isso, optei por fazer algo simples e direto ao ponto.
Instalei a fonte usada por padrão (SF Pro text medium), além da versão semibold para dar ênfase aos botões. Usei uma cor mais escura e efeito de sombra nos campos clicáveis (botões e links) ao passar o mouse (hover). Segui o grid de 8 pontos, utilizando o mesmo espaçamento, sendo eles 84, 72, 40 e 24. Fiz uso de dois ícones, um de alerta (senha incorreta) e um de sucesso (e-mail enviado).
O que eu mudaria?
Colocaria a imagem Gaivota no meio sem considerar o vetor do pássaro do lado direito superior (do jeito que está dá a sensação que a imagem está posicionada mais à esquerda). Na página inicial no canto direito superior, percebi que o botão ‘entrar’ não está devidamente centralizado.
Pesquisas e pensamentos
Pensei em informar qual tipo de senha é usado para lembrar o usuário (são 8 caracteres, mas há algum especial? Alguma letra maiúscula?), mas isso favoreceria a tentativa de golpes com relação à recuperação da senha.
Tive a ideia de fazer uma pergunta num grupo sobre o que elas acham de login social, a grande maioria (35 votos) acha ótimo e uma minoria (5 votos) prefere o convencional — houve um comentário de uma pessoa que acredita que o acesso por esse meio facilita golpes. Por estarmos falando de empresas, optei por não colocar a opção de login social.
Num outro grupo, perguntei se as pessoas preferiam pagar uma blusa de dez reais sem saber a procedência ou de sessenta reais sabendo que são produzidas por costureiras locais. Praticamente todas as pessoas citou o fator dinheiro. Muitas sabem que o mais ‘certo’ é adquirir a de sessenta, mas na atual situação adquirem a de dez por questão financeira.
Na última pesquisa perguntei o que as pessoas acham de empresas que se preocupam com o meio ambiente e a sociedade e também se elas conhecem alguma empresa que faz isso. A minha intenção era saber se o brasileiro tem a cultura de se perguntar sobre a procedência dos produtos que consomem.
Estas duas últimas pesquisas não tinham a intenção de descoberta com relação ao exercício proposto, mas eu quis entender melhor como funciona a mente do consumidor brasileiro sobre essa questão de ética ambiental e social. Obviamente estamos falando de empresas que têm boas práticas, mas é interessante entender também o consumidor pessoa física, porém isso precisaria de pesquisas mais profundas e elaboradas.
A solução
Fornecer uma opção simples e visível de redefinição de senha, de visualização da senha para verificar o erro e do envio de um novo e-mail caso o primeiro não seja enviado.
Passando o bastão
Tudo no Figma foi feito de forma organizada e tudo foi devidamente renomeado. Fiz um Style Guide com todos os elementos presentes no projeto para facilitar ao máximo o trabalho dos desenvolvedores.
Visão sobre a empresa
Para mim foi uma surpresa maravilhosa saber que existe uma empresa como a Gaivota. Sou uma pessoa super preocupada com a natureza, separamos o lixo na nossa casa e estamos sempre procurando meios de agredir o planeta o mínimo possível.
Venho de uma família de fazendeiros e lendo sobre a empresa vi o quão tudo isso é extremamente benéfico — tanto para as grandes empresas — como para negócios menores como no caso da nossa família. Seria ótimo se isso existisse há umas décadas atrás. Fico feliz que hoje temos essa opção.
Além de toda a parte ecológica, tem a parte social (sobre, por exemplo, o trabalho escravo) e agradeço a oportunidade de participar deste processo e de vir de ‘brinde’ o conhecimento desse novo estilo de empresa. Eu, como ser humano, realmente agradeço pela sua existência.